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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

15 anos do GREI - Grupo Interdisciplinar de Estudos em Imagem

HOMENAGEM AOS 15 ANOS DO
GRUPO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDOS EM IMAGEM - GREI
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Fundado em 1995, sob a coordenação do Professor Mauro Guilherme Pinheiro Koury, o Grupo Interdisciplinar de Estudos em Imagem - GREI desenvolve trabalhos de organização e sistematização de imagem nas Ciências Sociais. Durante os seus 15 anos de atividade, Assessora e dá consultoria a núcleos de pesquisa e laboratórios visuais, e realiza consultoria ad hoc a órgãos de fomento para projetos em imagem.
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Os seus pesquisadores têm recebido vários prêmios nacionais e internacionais, como o de fotografia da FUNARTE (Mauro Koury), e produção vídeográfica (Elisa Cabral e Bertrand Lira). Recebeu, também, em 2009, da Câmara Municipal de João Pessoa, Paraíba, uma homenagem pela produção e pesquisa em fotografia, no dia internacional da fotografia (Bertrand Lira e Mauro Koury).
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O GREI possui um arquivo de imagens fotográficas, e desenvolve pesquisa documental e crítica sobre imagem fotográfica, intitulada: Sobre os Silêncios da Fotografia.
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Tem acordos de cooperação entre universidades que trabalham com imagem na Europa e Estados Unidos:
1. Em Portugal, com o Laboratório de Antropologia Visual da Universidade Livre de Lisboa;
2. Na Espanha, com o Departamento de Antropologia da Universidade de Jaén;
3. Na França, com o Laboratório de Antropologia Visual e Sonora, da Universidade de Paris V;
4. E nos EUA, com o Departamento de Antropologia Visual da Temple University.
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Nestes 15 anos de atividade, o GREI organizou e publicou o mapeamento Usos da imagem nas Ciências Sociais -Pesquisadores (João Pessoa, Editora Manufatura, 1997), por solicitação do núcleo de imagem da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências Sociais - ANPOCS.
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Bem como, vários outros livros e coletâneas, frutos de pesquisa e debates, como:
Imagens & Ciências Sociais (João Pessoa, Editora Universitária, 1998),
Imagem e Memória (Rio de Janeiro, Garamond, 2001),
Uma Fotografia Desbotada (João Pessoa, Editora Manufatura, 2002),
Sociologia da Imagem. Ensaios Críticos, CD-ROM, (João Pessoa, Edições do GREI, 2004),
Amor e Dor: Ensaios em Antropologia Simbólica (Recife, Edições Bagaço, 2005), e
Relações Delicadas: Ensaios em fotografia e sociedade (João Pessoa, Editora Universitária, 2010), entre outros,
• Além de vários artigos em revistas nacionais e internacionais.
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Inicia a publicação, neste ano de 2010, ano em que completa 15 anos de atividades ininterruptas, dos Cadernos Online em Imagem e Sociedade. Nesta série de Cadernos pretende publicar resultados de pesquisas de alunos e pesquisadores vinculados ao GREI, bem como de conferências e estudos de pesquisadores convidados pelo Grupo.
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O GREI possui, desde 1995, um Fórum Permanente sobre Imagem e Sociedade, onde discute temáticas específicas sobre questões teóricas e metodológicas do uso da imagem nas Ciências Sociais.
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O GREI possui, atualmente, cinco Linhas de Pesquisa. São elas:

A IMAGEM NAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Objetivo:
a) Objetivo Geral: estudar a relação imagem e sociedade; b) Fotografia: estudo dos silêncios que percorre o ato fotográfico, e realidade pictórica e real; c) Vídeo e Cinema: discussão e produção textual sobre cinema e vídeo na contemporaneidade
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IMAGEM E CIDADE
Objetivo:
Imagem Fotográfica e Vídeo-Cinematográfico, Imaginário e Cidade Objetiva estudar as transformações históricas e contemporâneas das cidades através das imagens. Busca a compreensão de como Inventários, Mapas Imaginários e Representações sobre a cidade são construídos ou possibilitados através e pelas imagens.
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IMAGEM, MEDOS URBANOS, SOFRIMENTO SOCIAL, LUTO E MORTE
Objetivo:
Discute os medos corriqueiros, banais, na conformação do indivíduo urbano no Brasil Contemporâneo, a partir da história das cidades e da formação do brasileiro comum. b) Como o homem comum coloca-se como estranho para o outro e através dele se reencontra, através do medo que,impede a ação e impulsiona para práticas de recriação do social; c) desenvolver trabalhos relacionados com o sofrimento social e com os rituais da dor e da morte através das imagens.
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IMAGEM, MÍDIA E SOCIEDADE
Objetivo:
Discutir questões ligadas a produção discursiva e imagética elaborada pela mídia brasileira e ocidental contemporânea.
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LABI - LABORATÓRIO DE IMAGEM
Objetivo:
O LABI tem por objetivo: a) produção de vídeos e séries fotográficas; b discussão de novas linguagens e formação continuada em imagem; c) criação e manutenção de banco de dados em imagem; e c) mapeamento de pesquisadores, instituições e arquivos em Imagem nas Ciências Sociais.
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Parabéns ao GREI!!!!
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Gildo Marçal Brandão

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Ainda chocado com a morte de Gildo Marçal Brandão, reproduzo aqui uma matéria publicada pela redação do jornal FOLHA DE SÃO PAULO, do dia 17 de fevereiro de 2010
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Gildo Marçal Brandão, filósofo e professor de ciência política
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Morreu anteontem aos 61 anos o cientista político Gildo Marçal Brandão. Professor de ciência política da USP, ex-jornalista e ex-militante comunista, Brandão descansava com a família na praia da Baleia, em São Sebastião, quando sentiu-se mal e, por volta de 21h, morreu. Ele tinha uma cardiopatia grave e já fora submetido a cirurgia de revascularização.
Natural de Alagoas, Brandão graduou-se em filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco. No final dos anos 70, veio para São Paulo, onde lecionou na Unesp e, em seguida, na Escola de Sociologia e Política, na PUC e finalmente na USP. Também era dirigente da Anpocs (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais).
A militância no Partido Comunista Brasileiro (PCB), que vinha desde Pernambuco, acabou empurrando-o da filosofia para a ciência política. Em 1992, sob a orientação de Francisco Weffort, defendeu seu doutorado, um estudo sobre a gênese e o papel político do PCB e da esquerda brasileira.
Paralelamente, desenvolveu a carreira de jornalista. Foi o primeiro editor da "Voz da Unidade", o jornal do PCB, cargo que exerceu por quase meia década. Também foi editorialista da Folha no início dos anos 80.
Foi paulatinamente se afastando do PCB para dedicar-se à carreira acadêmica. Jamais rompeu formalmente com o partido, mas, em suas obras, tampouco o poupou de críticas muitas vezes duras.
No plano intelectual, foi bastante influenciado pelas ideias do italiano Antonio Gramsci (1891-1937), as quais, ao lado de intelectuais como Carlos Nelson Coutinho, Leandro Konder e Luiz Werneck Vianna, reelaborou para desenvolver um conceito de esquerda democrática que se adequasse ao Brasil.
Entre 1995 e 1996, passou uma temporada nos EUA, na Universidade de Pittsburgh, onde concluiu um pós-doutorado em teoria política. De lá trouxe as ideias que acabariam marcando a última fase de sua carreira e que resultaram em sua principal obra, "Linhagens do Pensamento Político Brasileiro" (Hucitec, 2007).
Trata-se de um grande programa de estudos que pretende traçar a genealogia das ideias políticas no Brasil desde o século 19 até hoje. O pressuposto é o de jamais desvincular a matriz de pensamento do contexto histórico particular em que ela vem: "Nenhuma grande constelação de ideias pode ser compreendida sem levar em conta os problemas históricos aos quais tenta dar respostas e sem atentar para as formas específicas em que é formulada e discutida; ao mesmo tempo que nenhuma grande constelação de ideias pode ser inteiramente resolvida em seu contexto".
Brandão, que era casado com Simone Coelho, filha do jornalista e ex-deputado comunista Marco Antonio Tavares Coelho, deixa três filhos.
O corpo do filósofo foi cremado no Crematório da Vila Alpina (av. Francisco Falconi, 437), às 10h do dia 17/02/2010.
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