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Dando continuidade ao Projeto Memória do GREM: Série de Apresentações de Exposições fotográficas, se publica agora a Apresentação feita pelo Professor Mauro Guilherme Pinheiro Koury, a pedido da Agência Ensaio, da cidade de João Pessoa, Paraíba, para a Exposição Fotográfica: Expedição Fotográfica/Roma. Esta exposição resultou de uma expedição de fotógrafos profissionais e amadores ao destrito de Roma, no município de Bananeiras, Paraíba, comandada pela Agência Ensaio, no ano de 1996.
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Exposição Expedição Fotográfica/Roma
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Mauro Guilherme Pinheiro Koury
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Roma. Expedição fotográfica a Roma. João Pessoa ruma à Roma, descobrindo a Paraíba e o Brasil. Olhares fotográficos viajantes e livres que vão compondo e decompondo com seus clicares a comunidade de Roma, distrito e fazenda pertencentes ao município de Bananeiras (Pb).
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A casa grande, a casa de farinha, a destilaria de aguardente, a festa nas ruas de Roma, o casario de Roma, a paisagem de Roma, os tipos humanos pegos displicentemente ou em poses para as câmaras, o cabaré, as palmeiras, os capins e o céu nublado que escondem descobrindo o cruzeiro e a torre da igrejinha colonial, o túnel, pequenos alpendres, recortes de flores e folhas que vicejam a paisagem de Roma, os animais e os fardos humanos dos animais agora instrumentos, alongamento da força e da capacidade dos homens que os utilizam. Os interiores, os detalhes de corpos e de intimidades domésticas (ou nem tanto), a luz que vaza a escuridão por gradís, frestas e janelas permitindo ver detalhes de alambiques, das moendas, dos utensílios domésticos nos interiores, e deixando flagrar indiscreta pedaços de paisagens e passantes, ou daqueles que se permitem o olhar sorrateiro e a inesperada e ao mesmo tempo esperada presença corpórea, de pessoas meio posando meio que se inserindo no recorte que as fotos permitem desenhar.
A casa grande, a casa de farinha, a destilaria de aguardente, a festa nas ruas de Roma, o casario de Roma, a paisagem de Roma, os tipos humanos pegos displicentemente ou em poses para as câmaras, o cabaré, as palmeiras, os capins e o céu nublado que escondem descobrindo o cruzeiro e a torre da igrejinha colonial, o túnel, pequenos alpendres, recortes de flores e folhas que vicejam a paisagem de Roma, os animais e os fardos humanos dos animais agora instrumentos, alongamento da força e da capacidade dos homens que os utilizam. Os interiores, os detalhes de corpos e de intimidades domésticas (ou nem tanto), a luz que vaza a escuridão por gradís, frestas e janelas permitindo ver detalhes de alambiques, das moendas, dos utensílios domésticos nos interiores, e deixando flagrar indiscreta pedaços de paisagens e passantes, ou daqueles que se permitem o olhar sorrateiro e a inesperada e ao mesmo tempo esperada presença corpórea, de pessoas meio posando meio que se inserindo no recorte que as fotos permitem desenhar.
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Como em Roma de Fellini, descobrindo a cidade e encontrando o país e a nação italiana através da liberdade de olhares aparentemente fragmentados do cotidiano e dos espaços exclusivos e de exclusão, a Expedição a Roma de Bananeiras (Pb) realizada pela Agência Ensaio, proporciona a descoberta de um país, de uma nação e de um estado, através da abertura dos diafragmas à liberdade dos olhares de um grupo diverso de fotógrafos amadores e profissionais que recortaram a comunidade de Roma em busca de aperfeiçoar sua técnica e conhecimento no ensaio fotográfico. O resultado é um surpreendente encontro com um Brasil multifacetado e ao mesmo tempo despudoradamente território de identidades, de tradições reconhecíveis através da sensualidade, do lúdico e da tristeza alegre que do coletivo das fotos emanam, e pela luminosidade intensa de suas paisagens, e pelo homem redimensionado, criando imagens que encantam e ampliam e instigam o olhar que vê.
Como em Roma de Fellini, descobrindo a cidade e encontrando o país e a nação italiana através da liberdade de olhares aparentemente fragmentados do cotidiano e dos espaços exclusivos e de exclusão, a Expedição a Roma de Bananeiras (Pb) realizada pela Agência Ensaio, proporciona a descoberta de um país, de uma nação e de um estado, através da abertura dos diafragmas à liberdade dos olhares de um grupo diverso de fotógrafos amadores e profissionais que recortaram a comunidade de Roma em busca de aperfeiçoar sua técnica e conhecimento no ensaio fotográfico. O resultado é um surpreendente encontro com um Brasil multifacetado e ao mesmo tempo despudoradamente território de identidades, de tradições reconhecíveis através da sensualidade, do lúdico e da tristeza alegre que do coletivo das fotos emanam, e pela luminosidade intensa de suas paisagens, e pelo homem redimensionado, criando imagens que encantam e ampliam e instigam o olhar que vê.
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A Expedição a Roma é uma viagem ao coração do Brasil através de olhares que buscam também o encontro consigo, como nas brincadeiras e farras do registro do grupo pelo grupo mesmo em atuação. Fotógrafos e paisagens formam, enfim, uma espécie de caledoscópio onde a cada giro funda as bases do nascimento e formação do humano e da sociedade no Brasil, refletindo criticamente também o próprio olhar que permitiu o registro e as possibilidades de leitura. Uma brincadeira que, como a Roma de Fellini descobre a si mesma pela polifonia de imagens estrangeiras que se estranham e se comungam simultaneamente, fazendo a cidade cidades que a tornam nacional e universal e, confusamente ela mesma, descobre a nação ou um sentido de nacionalidade na diluição da comunidade de Roma por olhares livres e abertos ao aconchego novo que provocam os clicares.
A Expedição a Roma é uma viagem ao coração do Brasil através de olhares que buscam também o encontro consigo, como nas brincadeiras e farras do registro do grupo pelo grupo mesmo em atuação. Fotógrafos e paisagens formam, enfim, uma espécie de caledoscópio onde a cada giro funda as bases do nascimento e formação do humano e da sociedade no Brasil, refletindo criticamente também o próprio olhar que permitiu o registro e as possibilidades de leitura. Uma brincadeira que, como a Roma de Fellini descobre a si mesma pela polifonia de imagens estrangeiras que se estranham e se comungam simultaneamente, fazendo a cidade cidades que a tornam nacional e universal e, confusamente ela mesma, descobre a nação ou um sentido de nacionalidade na diluição da comunidade de Roma por olhares livres e abertos ao aconchego novo que provocam os clicares.
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