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sábado, 2 de outubro de 2010

O GREM abre um LABORATÓRIO SOBRE MEDOS

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O GREM inaugurou recentemente o Laboratório sobre Medos, que faz parte da linha de pesquisa sobre Medos e Cotidiano do grupo. A equipe de pesquisadores conta com os nomes do Prof. Dr. Mauro Guilherme Pinbheiro Koury, da Profa. Dra. Marcela Zamboni e da Profa. Dra. Simone Brito.

Entre os projetos em desenvolvimento no Laboratório sobre Medos do GREM, encontram-se:

  • A pesquisa "Confiança e Vergonha: Uma análise do cotidiano da moralidade" que busca apreender os conceitos de confiança e lealdade e sentimento de traição e humilhação, através da análise de uma chacina ocorrida na cidade de João Pessoa, Paraíba, Brasil, em 2009. Este projeto está sob a coordenação dos Profs. Drs. Mauro Koury Marcela Zamboni e Simone Brito.
  • A pesquisa "Medos e Moralidade: Uma análise do 'pânico moral' a partir do caso Isabella Nardoni", sob a coordenação da Profa. Dra. Simone Brito.
  • A pesquisa "Quebra de confiança e medos: Uma análise sociológica das relações afetivo-conjugais no fórum criminal de João Pessoa, Paraíba", sob a coordenação da Profa. Dra. Marcela Zamboni.
  • A Pesquisa "Medos Corriqueiros e Sociabilidade: Uma análise sobre o cotidiano de um bairro considerado violento no imaginário da cidade de João Pessoa, Paraíba", sob a coordenação do Prof. Dr. Mauro Guilherme Pinheiro Koury.
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domingo, 26 de setembro de 2010

Amanhã terá início o II Festival do Filme Etnográfico do Recife

Diário de Pernambuco.com.br em 26/09/2010 | 10h06m

Festival Etnográfico do Recife homenageia o cineasta Fernando Spencer
A segunda edição do Festival do Filme Etnográfico do Recife homenageará o cineasta Fernando Spencer, por sua contribuição para a cinematografia nacional. O evento começará nesta segunda-feira, às 19h, na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). A mostra competitiva tem 17 filmes de vários estados do Brasil e do exterior. Nestas terça e quarta-feira, o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) abrigará cinco Mostras Paralelas do festival. Uma centena de filmes será exibida nestes dias.


O festival ainda exibirá filmes na Mostra Outros Olhares, na próxima quinta-feira, das 14h às 17h30, na Fundaj. As obras foram selecionadas entre o Festival do Filme Etnográfico do Quebec (FIFEQ), de Montreal; Contro Sguardi Cineforum do Cinema Antropológico da Universidade de Perugia (Italia); e o Centro de Antropologia Visual do Goldsmiths University of London.

O júri da Mostra Competitiva este ano está composto pela cineasta Kátia Mesel, da Arrecifes Produções; Paride Bolettin, da Universidade de Perúgia e idealizador do Cine Forum contro Sguardi; e do professor Mauro Guilherme Pinheiro Koury, da Universidade Federal da Paraíba, fundador da Revista Sociologia das Emoções.

Na próxima quinta-feira, o evento realizará o Fórum de Debates sobre o Filme Etnográfico, contando como palestrantes os membros do júri da Mostra Competitiva e professores do Laboratório de Antropologia Visual da UFPE (coordenado pelo professor Renato Athias) e do Grupo de Pesquisa Comunicação e Cultura (coordenado pelo professor Paulo Cunha). Após esse evento, será exibido o filme Barravento, de Glauber Rocha, um dos homenageados desta edição do Festival do Filme Etnográfico do Recife.

Da redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR em 26 de setembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

II Festival do Filme Etnográfico do Recife


VEJAM A PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL DO FILME ETNOGRÁFICO DO RECIFE. NÃO PERCAM O EVENTO: ÚLTIMA SEMANA DE SETEMBRO DE 2010



II Festival do Filme Etnográfico do Recife

27 a 30 de setembro de 2010

Programação Geral



27 de setembro
Abertura do Festival – 19h
Local: Cinema da Fundação
Mesa de abertura
Bartira Ferraz – Proext UFPE
Antonio Motta – PPGA-UFPE
Paulo Cunha – PPGCOM – UFPE
Rubia Campelo Farias – Fundaj
Isabela Cribari – Fundaj
Homenagem a Fernando Spencer
Clara Angélica – NAVI – UFPE
Isabela Cribari – FUNDAJ

28 de Setembro
Oficina Câmara e Captação em Vídeo para Documentários
Coordenação: Camilo Soares
9h às 12h
AUDITÓRIO MANUEL CORREIA DE ANDRADE – CFCH (3º ANDAR)
Inscrições: (81) 2126-8286 ou
Inscrições, clique aqui.
Mostra – Tradição e Identidades
Coordenação: Glauco Machado
9h às 12h
SALA DE VÍDEO – CFCH (4º ANDAR)
Mostra – Narrativas, Pessoas e Cotidiano
Coordenacão: Luiz Larceda
9h às 12h e 13h30 às 16h30
Auditório do CE
Mostra – “Outros Olhares”
Coordenação: Renato Athias
13h30 às 16h30
SALA DE VÍDEO – CFCH (4º ANDAR)
Mostra Competitiva
Cinema da Fundaj – Derby
17h às 22h

29 de setembro
Oficina 1 Antropologia e Imagem
Coordenação: Glauco Machado e Joceny Pinheiro
9h às 12h
AUDITÓRIO DO CFCH (TÉRREO)
Inscrições, clique aqui.
Mostra: Imagens e Sons na Cidade
Coordenação: Clara Angélica
9h às 12h
SALA DE VÍDEO – CFCH (4º ANDAR)
Mostra – “Outros Olhares”
Coordenação: Renato Athias
13h30 às 16h30
AUDITÓRIO DO CFCH (TÉRREO)
Mostra Competitiva
17h às 22h
Cinema da Fundaj

30 de Setembro
Fórum de Debates sobre o Filme Etnográfico
Participantes:
Paride Bollettin – Universidade de Padova
Mauro Koury – Universidade Federal da Paraíba
Kátia Mesel – Arrecifes Produções
Debatedor: Kleber Mendonça – Fundação Joaquim Nabuco
Coordenador: Renato Athias – Universidade Federal de Pernambuco
AUDITÓRIO DO CFCH (TÉRREO) – 9h às 13h
Mostra Ritual, Religião e Práticas Tradicionais
Coordenação: Jane Pinheiro
13h30 às 16h30
AUDITÓRIO MANUEL CORREIA DE ANDRADE – CFCH (3º ANDAR)

Mostra Competitiva
Cinema da Fundaj
17h às 21h30
Encerramento e Entrega dos Prêmios: às 21h30
Mais Informações:
(81) 2126.8286
(81) 8790.7004

Comissão Julgadora Mostra Competitiva:
Paride Bollettin – Universidade de Padova
Mauro Koury – Universidade Federal da Paraíba
Kátia Mesel – Arrecifes Produções
Kleber Mendonça – Fundação Joaquim Nabuco
Presidente: Renato Athias – Universidade Federal de Pernambuco

Filmes Inscritos
TÍTULO / DIRETOR
01 SOU DA ROÇA, MINHA ARTE É QUEBRAR COCO / ALEXANDRE ALMEIDA
02 AMORES DE CIRCO / ANA LÚCIA FERRAZ
03 CAÇANDO CAPIVARA / COLETIVO DE CINEASTAS MAXACALI
04 UM DIÁRIO PARA MANOEL DO COCO / LUIZ BARGMANN NETTO
05 FIGURA – BASEADO EM FATOS SURREAIS / LEONARDO FERREIRA
06 UM LUGAR AO SOL / GABRIEL MASCARO
07 CINEMA DE QUEBRADA / ROSE SATIKO HIKIJI
08 L.A.P.A EMÍLIO DOMINGOS / CAVÍ BORGES
09 MEMÓRIAS DO RECÔNCAVO: BESOURO E OUTROS CAPOEIRAS / PEDRO ABIB
10 COVINHAS – UMA HISTÓRIA DE FÉ / CATARINA DOLLAN & JULIO CASTRO
11 NEM DIA. NEM NOITE / RODERICK STEEL
12 CANTADOR DE CHULA / MARCELO RABELO
13 NAS RODAS DO CHORO / MILENA SÁ
14 QUILOMBO DO LAGO / ANDERSON ET AL
15 PROFISSIONAL DA NOITE / KLEBER CASTRO DIBIANCHI
16 CONFESSIONÁRIO / LEONARDO SETTE
17 SOLANO TRINDADE – 100 ANOS / HELDER VIEIRA & ALESSANDRO GUEDES
18 RETINIANAS / LUÍS HENRIQUE LEAL
19 OUTRAS MARGENS / FELIPE SCAPINO
20 PROMESSA / ZEUDI SOUZA
21 DEPOIS ROLA O MOCOTÓ / DEBORA HERSZENHUT & JEFFERSON OLIVEIRA
22 MULHER ALÉM DA MARÉ / M. ROSARIO LEITAO, GILMAR FURTADO & ANA CRISTINA ALMEIDA
23 TEMPO DE PEDRA / JULIA SALDANHA AGUIAR
24 VAQUEJADA: CULTURA E PRODUTO DE VENDA / LILIANE DANTA LEAL
25 PRESERVAÇÃO DE IMAGENS EM MOVIMENTO / PHILLIP JOHNSON
26 CINEASTAS INDÍGENAS / VÍDEO NAS ALDEIAS
27 GAMBOA – HISTÓRIAS DE PESCADOR / RAFAEL PEÇANHA DE MOURA
28 CLINÁRIA “AS CORES DE UMA DANÇA” / JEAN CUSTO
29 VUVUZELAS DE MADUREIRA / VITOR MEDEIROS
30 ORGULHO E TRADIÇÃO – OS FESTEJOS FARROUPILHAS DE PORTO ALEGRE 2009 / DIEGO MÜLLER
31 JARDIM DE VOZES / EWERSON LUIZ
32 AS CORRIDAS DO IMBU KARUAZU / JULIANA NICOLLE REBELO BARRETO
33 MAR DE LIA / HANNA GODOY
34 ROSÁRIO DO SERTÃO / HANNA GODOY & MÁRCIA MANSUR
35 POESIA EM ALTO RELEVO / HANNA GODOY & MÁRCIA MANSUR
36 CONTRAMARÉ / DIOGO SANTORO
37 BUFFET LIVRE / DIOGO SANTORO
38 LÁ NO ZÉ / RAQUEL REDONDO ROTTA
39 TODOS OS TEMPOS SÃO UM / TITO NOGUEIRA
40 DOCE BRASIL HOLANDÊS / MONICA SCHMIEDT
41 “ESSAFULINUMPOCABÁ” / JÚLIO BRAGA, MARCELO & TITO NOGUEIRA
42 REMIÇÕES DO RIO NEGRO / ERLAN SOUZA & FERNANDA BIZARRIA
43 NA COSTA DE MINHA MÃO / ANDRÉA BARROS
44 O RETORNO / MARILDA MENEZES & JOÃO MARTINHO DE MENDONÇA
45 KALUNGA / LUIZ ELIAS, PEDRO NABUCO & SYLVESTRE CAMPE
46 MUSEU MULTIPLO – ILÊ AXÉ IJEXÁ ORIXÁ OLUFON / EMILIANO DANTAS & LEONARDO CASTRO GOMES
47 “BABAUPARATODOS” / CARLOS NORMANDO
48 DE REPENTE É POESIA / RICCARDO MIGLIORE
49 POLIAMOR / JOSÉ AGRIPINO
50 DUEÑOS DEL AGUA / LAURA R. GRAHAM, DAVID HERNÁNDEZ & CAIMI WAIÁSSE
51 CORES DA FÉ / ALADYENE SILVA, ELAINE CRISTINA & THAMILLYS BIANCA
52 OS OUTROS / JAIME CAVALCANTI, ERIKA CASTANEDA, PAULA SAMPAIO & PEDRO ESCOBAR
53 TSÕ’ REHIPÃRI, SANGRADOURO VÍDEO NAS ALDEIAS
54 PEIXE PEQUENO / VICENT CARELLI & ALTAIR PAIXÃO
55 KENE YUXÍ, AS VOLTAS DO KENE / ZEZINHO YUBE
56 PI’ÕNHITSI, MULHERES XAVANTE SEM NOME / DIVINO TSEREWAHU & TIAGO TORRES
57 GERAÇÃO 65: AQUELA COISA TODA / LUCI ALCÂNTARA
58 ALUMIA / ANDREA FERRAZ & CAROL VERGOLINO
59 A MULHER ENTROU NA RODA / PETLA PAMMELA & THIAGO CASTRO
60 PAZ NO MUNDO CAMARÁ / CAREM ABREU
61 VIDAS DESLOCADAS / JOÃO MARCELO GOMES
62 MULHERES DA PAZ / EDUARDO FRANÇOIS
63 AFOXÉ – RELATOS DA RESISTÊNCIA JOVEM EM PERNAMBUCO / LUIZ BERNARDO BARRETO
64 TEKO REXAI – SAÚDE GUARANI MBYÁ / NADJA MARIN & ADRIANA CALABI
65 OUTRA CIDADE / CORACI RUIZ
66 CAMELOS DO INGÁ / CARLOS MOSCA & RAFAEL TRAVASSOS
68 INSTALAÇÕES – RITUAIS / GESLLINE GIOVANA BRAGA
69 A CASA DOS MORTOS / DEBORA DINIZ
70 DESVIOS / DÊNIS CASTRO
71 PROMESSA PANKARARU / MARCOS ALEXANDRE, MARIA DAS DORES & CONCEIÇÃO PEREIRA DO PRADO
72 SÃO PAULO: A TERCEIRA MARGEM PANKARARU / MARCOS ALEXANDRE
73 HOMENS, MÁQUINAS E DEUSES / EDUARDO DUWE
74 URBE / MARCOS PIMENTEL
75 PÓLIS / MARCOS PIMENTEL
76 MANGUES E NÓS / SABINA COLARES
77 BOM DIA! MEU NOME É SHEILA / ANGELO DEFANTI
78 A COLUNA DA PAZ DE CARLOS PRESTES / ANGELLO CLEMENTE SGANZERLA
79 MÃOS DE OUTUBRO / VITOR SOUZA LIMA
80 NICE, BONNE AU BRÉSIL / ARMELLE GIGLIO-JACQUEMOT
81 GRAFFITI / LILIAN SOLÁ SANTIAGO
82 O SOM DO TEMPO / PETRUS CARITY
83 VER-O-PESO / GAVIN ANDREWS
84 ALÔ, ALÔ AMAZÔNIA / GAVIN ANDREWS
85 O BARCO DO MESTRE / GAVIN ANDREWS
86 A VOZ DO CAMPO – EUCLIDES NASCIMENTO E O SINDICALISMO RURAL DE PE/ DANIELLA ALMEIDA
87 PACIFIC / MARCELO PEDROSO
88 CUIDADO! PALHAÇOS / PABLO PEIXOTO
89 SUBPAPÉIS / LUIZ EDUARDO JORGE
90 PROCURANDO MADALENA / RICARDO SALLES DE SÁ
91 A ESTRADA SILVESTRE / RICARDO SALLES DE SÁ
92 D.O.R. / LEANDRO GODDINHO
93 ENSAIO SUÍNO / MARJA CALAFANJE & RODRIGO CALAFANGE
94 NA TRILHA DO CINEMA / MARCELO ERNANDEZ & SUIÁ OMIM
95 CANOA CAIÇARA / ROSE MORAES
96 TATAKOX DE VILA NOVA / GUIGUI MAXAKALI
97 QUEBRADEIRAS / EVALDO MOCARZEL
98 PEQUENINA / NANÁ BAPTISTA
99 UBUNTU / NANÁ BAPTISTA
100 CLUBE DOS CAFONAS / DEIVSON MENDES DA SILVA
101 DE ONDE VEM / RAFAEL RAMOS & NEUTON GOMES
102 ESPELHO NATIVO / PHILIPI BANDEIRA
103 UM DIA DE BÊJI FELIPE PERES CALHEIROS
104 NOSSA HISTÓRIA, NOSSA GENTE / FELIPE PERES CALHEIROS
105 O OUTRO LADO DA TRANSPOSIÇÃO / FELIPE PERES CALHEIROS
106 HOCHTIJO CASAMENTO POMERANO / ADRIANA JACOBSEN & JORGE KUSTER JACOB
107 VENDEMOS RECUERDOS / CAROLINA CORRAL PAREDES108 GENTE DE FAJÃS / ANTÓNIO JOÃO SARAIVA
108 ALÉM DA LUZ / IVY GOULART
109 TOIRO, TOIRO, TOIRO, VAMOS JUNTOS TRABALHAR / GABRIEL ALVAREZ

quinta-feira, 29 de julho de 2010

RBSE - Revista Brasileira de Sociologia da Emoção - Novo Número no ar!

CONVITE!

Convidamos aos amigos visitarem o último número da RBSE – Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 9, n. 26, de agosto de 2010 - ISSN 1676-8965. A RBSE é uma revista eletrônica de acesso gratuito do GREM – Grupo de Pesquisa em Antropologia e Sociologia das Emoções. A RBSE pode ser encontrada no seguinte endereço eletrônico: http://www.cchla.ufpb.br/rbse/Index.html.

Este número conta com a colaboração de: Alessa Cristina P. de Souza; Bárbara Nascimento Duarte; Diego Zenobi; Ednei de Genaro; Georg Simmel; María Belén; Mauro Guilherme Pinheiro Koury; Norma Missae Takeuti; Thais Alves Marinho; Vergas Vitória Andrade da Silva; Wagner Lins Lira.

Cordialmente,

Mauro Koury

Editor

INVITATION!

We invite the friends to visit the last number of the RBSE - Brazilian Journal of Sociology of Emotion, v. 9, n. 26, August 2010 - ISSN 1676-8965. The RBSE is an electronic journal of free access of the GREM - Group of Research in Anthropology and Sociology of Emotions. The RBSE can be found in the following electronic address: http://www.cchla.ufpb.br/rbse/Index.html .

This issues count with the contributions of: Alessa Cristina P. de Souza; Bárbara Nascimento Duarte; Diego Zenobi; Ednei de Genaro; Georg Simmel; María Belén; Mauro Guilherme Pinheiro Koury; Norma Missae Takeuti; Thais Alves Marinho; Vergas Vitória Andrade da Silva; Wagner Lins Lira.

Cordially,

Mauro Koury

The Editor

segunda-feira, 5 de julho de 2010

BOLSAS PIBIC PARA O GREI

O Grupo Interdisciplinar de Estudos em Imagem (GREI) do DCS/UFPB campus I recebeu duas bolsas de Iniciação Científica (PIBIC-CNPqUFPB) para o período 2010-2011, para o projeto "A Fotografia e seus Silêncios", sob a coordenação do Prof. Dr. Mauro Koury.
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Encontram-se abertas as inscrições para as duas bolsas, destinadas exclusivamente para os alunos de graduação em Ciências Sociais do campus I, com interesse em Sociologia e Antropologia da Imagem e que estejam terminando o terceiro período e até o final do sexto período do curso.
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Os alunos interessados devem procurar o Prof. Mauro Koury, das 08 às 11hs do dia 06 de julho de 2010, portando histórico escolar atualizado e com CRE superior a 7,0.
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LOCAL: Ambiente dos Professores do CCHLA, sala 15 - Térreo.
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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Nova Linha de Pesquisa sobre Medos e Cotidiano no GREM

O GREM cria uma nova Linha de Pesquisa sobre Medos Corriqueiros.
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O objetivo desta linha de pesquisa é o de compreender o sentido e o desenvolvimento dos medos no cotidiano de constituição do indivíduo e da sociedade.
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Parte do pressuposto de que o medo funciona como norteador de práticas sociais, tanto no sentido de construção do novo, ou, ao contrário, como elemento disciplinador, sujeito a emoções como o embaraço, a humilhação, e a vergonha, criando cenários onde emergem atores e espaços de socialidade por onde são lidos o processo imaginário da construção dos sujeitos, da cultura e da organização social.
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Fazem parte desta linha de pesquisa os Professores doutores Mauro Guilherme Pinheiro Koury, Simone Magalhães Brito e Marcela Zamboni. Os três profssores vinculados ao Departamento de Ciências Sociais da UFPB.
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domingo, 2 de maio de 2010

Artigo sobre Medos e Sociedade

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Acaba de sair um novo artigo do Prof. Dr. Mauro Guilherme Pinheiro Koury sobre Medos e Sociedade.
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Este artigo se encontra publicado na Revista Psicologia & Sociedade (v. 21, n. 3, setembro/dezembro de 2009) da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO).
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O artigo intitulado O QUE É MEDO? UM ADENTRAR NO IMAGINÁRIO DOS HABITANTES DA CIDADE DE JOÃO PESSOA, PARAÍBA (WHAT IS FEAR? AN INTRODUCTION TO THE IMAGINARY OF INHABITANTS OF THE CITY OF JOÃO PESSOA, PARAÍBA, BRAZIL) pode ser lido no endereço da ABRAPSO abaixo:
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http://abrapso.org.br/siteprincipal/images/Revista/revista%20de%20psicologia%2021-3.pdf
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terça-feira, 13 de abril de 2010

Um artigo e uma tradução

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Vejam na RBSE 9(25): abril de 2010, o artigo de Mauro Guilherme Pinheiro Koury, intitulado: Ser Discreto: Um estudo sobre o processo de luto no Brasil urbano no final do século XX

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Vejam, ainda, na mesma revista, a tradução de Georg Simmel, feita pelo Prof. Mauro Koury: Um passeio sobre a questão da fronteira social

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Leiam A RBSE - Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, publicada pelo GREM - Grupo de Pesquisa em Antropologia e Sociologia das Emoções - UFPB/CNPq

terça-feira, 30 de março de 2010

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CONVITE!
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Convidamos aos amigos visitarem o último número da RBSE – Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 9, n. 25, de abril de 2010 - ISSN 1676-8965. A RBSE é uma revista eletrônica de acesso gratuito do GREM – Grupo de Pesquisa em Antropologia e Sociologia das Emoções. A RBSE pode ser encontrada no seguinte endereço eletrônico: http://www.cchla.ufpb.br/rbse/Index.html.
Este número conta com a colaboração de: Mauro Guilherme Pinheiro Koury; Adrián Scribano, Michel Harris Bond, Simone Belli, Rom Harré, Lupicínio Iñiguez, Jeferson Moebus Retondar, Lucia Mury Scalco, Georg Simmel, Andrea Rosado Vieira.
Cordialmente,
Mauro Koury
Editor
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INVITATION!
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We invite the friends to visit the last number of the RBSE - Brazilian Journal of Sociology of Emotion, v. 9, n. 25, April of 2010 - ISSN 1676-8965. The RBSE is an electronic journal of free access of the GREM - Group of Research in Anthropology and Sociology of Emotions. The RBSE can be found in the following electronic address: http://www.cchla.ufpb.br/rbse/Index.html .
This issues count with the contributions of: Mauro Guilherme Pinheiro Koury; Adrián Scribano, Michel Harris Bond, Simone Belli, Rom Harré, Lupicínio Iñiguez, Jeferson Moebus Retondar, Lucia Mury Scalco, Georg Simmel, Andrea Rosado Vieira..
Cordially,
Mauro Koury
The Editor
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domingo, 28 de março de 2010

Abaixo-assinado em favor do IUPERJ

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O IUPERJ, um dos mais tradicionais centros de pós-graduação do Brasil, está passando por sérias dificuldades e há o risco de ser fechado. A comunidade acadêmica tem se mobilizado contra este desfecho dramático e corre um abaixo-assinado de apoio à instituição.
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Abaixo, segue o link para assinatura virtual.
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http://www.iuperj.br/abaixoassinado.php
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

15 anos do GREI - Grupo Interdisciplinar de Estudos em Imagem

HOMENAGEM AOS 15 ANOS DO
GRUPO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDOS EM IMAGEM - GREI
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Fundado em 1995, sob a coordenação do Professor Mauro Guilherme Pinheiro Koury, o Grupo Interdisciplinar de Estudos em Imagem - GREI desenvolve trabalhos de organização e sistematização de imagem nas Ciências Sociais. Durante os seus 15 anos de atividade, Assessora e dá consultoria a núcleos de pesquisa e laboratórios visuais, e realiza consultoria ad hoc a órgãos de fomento para projetos em imagem.
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Os seus pesquisadores têm recebido vários prêmios nacionais e internacionais, como o de fotografia da FUNARTE (Mauro Koury), e produção vídeográfica (Elisa Cabral e Bertrand Lira). Recebeu, também, em 2009, da Câmara Municipal de João Pessoa, Paraíba, uma homenagem pela produção e pesquisa em fotografia, no dia internacional da fotografia (Bertrand Lira e Mauro Koury).
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O GREI possui um arquivo de imagens fotográficas, e desenvolve pesquisa documental e crítica sobre imagem fotográfica, intitulada: Sobre os Silêncios da Fotografia.
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Tem acordos de cooperação entre universidades que trabalham com imagem na Europa e Estados Unidos:
1. Em Portugal, com o Laboratório de Antropologia Visual da Universidade Livre de Lisboa;
2. Na Espanha, com o Departamento de Antropologia da Universidade de Jaén;
3. Na França, com o Laboratório de Antropologia Visual e Sonora, da Universidade de Paris V;
4. E nos EUA, com o Departamento de Antropologia Visual da Temple University.
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Nestes 15 anos de atividade, o GREI organizou e publicou o mapeamento Usos da imagem nas Ciências Sociais -Pesquisadores (João Pessoa, Editora Manufatura, 1997), por solicitação do núcleo de imagem da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências Sociais - ANPOCS.
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Bem como, vários outros livros e coletâneas, frutos de pesquisa e debates, como:
Imagens & Ciências Sociais (João Pessoa, Editora Universitária, 1998),
Imagem e Memória (Rio de Janeiro, Garamond, 2001),
Uma Fotografia Desbotada (João Pessoa, Editora Manufatura, 2002),
Sociologia da Imagem. Ensaios Críticos, CD-ROM, (João Pessoa, Edições do GREI, 2004),
Amor e Dor: Ensaios em Antropologia Simbólica (Recife, Edições Bagaço, 2005), e
Relações Delicadas: Ensaios em fotografia e sociedade (João Pessoa, Editora Universitária, 2010), entre outros,
• Além de vários artigos em revistas nacionais e internacionais.
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Inicia a publicação, neste ano de 2010, ano em que completa 15 anos de atividades ininterruptas, dos Cadernos Online em Imagem e Sociedade. Nesta série de Cadernos pretende publicar resultados de pesquisas de alunos e pesquisadores vinculados ao GREI, bem como de conferências e estudos de pesquisadores convidados pelo Grupo.
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O GREI possui, desde 1995, um Fórum Permanente sobre Imagem e Sociedade, onde discute temáticas específicas sobre questões teóricas e metodológicas do uso da imagem nas Ciências Sociais.
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O GREI possui, atualmente, cinco Linhas de Pesquisa. São elas:

A IMAGEM NAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Objetivo:
a) Objetivo Geral: estudar a relação imagem e sociedade; b) Fotografia: estudo dos silêncios que percorre o ato fotográfico, e realidade pictórica e real; c) Vídeo e Cinema: discussão e produção textual sobre cinema e vídeo na contemporaneidade
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IMAGEM E CIDADE
Objetivo:
Imagem Fotográfica e Vídeo-Cinematográfico, Imaginário e Cidade Objetiva estudar as transformações históricas e contemporâneas das cidades através das imagens. Busca a compreensão de como Inventários, Mapas Imaginários e Representações sobre a cidade são construídos ou possibilitados através e pelas imagens.
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IMAGEM, MEDOS URBANOS, SOFRIMENTO SOCIAL, LUTO E MORTE
Objetivo:
Discute os medos corriqueiros, banais, na conformação do indivíduo urbano no Brasil Contemporâneo, a partir da história das cidades e da formação do brasileiro comum. b) Como o homem comum coloca-se como estranho para o outro e através dele se reencontra, através do medo que,impede a ação e impulsiona para práticas de recriação do social; c) desenvolver trabalhos relacionados com o sofrimento social e com os rituais da dor e da morte através das imagens.
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IMAGEM, MÍDIA E SOCIEDADE
Objetivo:
Discutir questões ligadas a produção discursiva e imagética elaborada pela mídia brasileira e ocidental contemporânea.
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LABI - LABORATÓRIO DE IMAGEM
Objetivo:
O LABI tem por objetivo: a) produção de vídeos e séries fotográficas; b discussão de novas linguagens e formação continuada em imagem; c) criação e manutenção de banco de dados em imagem; e c) mapeamento de pesquisadores, instituições e arquivos em Imagem nas Ciências Sociais.
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Parabéns ao GREI!!!!
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Gildo Marçal Brandão

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Ainda chocado com a morte de Gildo Marçal Brandão, reproduzo aqui uma matéria publicada pela redação do jornal FOLHA DE SÃO PAULO, do dia 17 de fevereiro de 2010
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Gildo Marçal Brandão, filósofo e professor de ciência política
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Morreu anteontem aos 61 anos o cientista político Gildo Marçal Brandão. Professor de ciência política da USP, ex-jornalista e ex-militante comunista, Brandão descansava com a família na praia da Baleia, em São Sebastião, quando sentiu-se mal e, por volta de 21h, morreu. Ele tinha uma cardiopatia grave e já fora submetido a cirurgia de revascularização.
Natural de Alagoas, Brandão graduou-se em filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco. No final dos anos 70, veio para São Paulo, onde lecionou na Unesp e, em seguida, na Escola de Sociologia e Política, na PUC e finalmente na USP. Também era dirigente da Anpocs (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais).
A militância no Partido Comunista Brasileiro (PCB), que vinha desde Pernambuco, acabou empurrando-o da filosofia para a ciência política. Em 1992, sob a orientação de Francisco Weffort, defendeu seu doutorado, um estudo sobre a gênese e o papel político do PCB e da esquerda brasileira.
Paralelamente, desenvolveu a carreira de jornalista. Foi o primeiro editor da "Voz da Unidade", o jornal do PCB, cargo que exerceu por quase meia década. Também foi editorialista da Folha no início dos anos 80.
Foi paulatinamente se afastando do PCB para dedicar-se à carreira acadêmica. Jamais rompeu formalmente com o partido, mas, em suas obras, tampouco o poupou de críticas muitas vezes duras.
No plano intelectual, foi bastante influenciado pelas ideias do italiano Antonio Gramsci (1891-1937), as quais, ao lado de intelectuais como Carlos Nelson Coutinho, Leandro Konder e Luiz Werneck Vianna, reelaborou para desenvolver um conceito de esquerda democrática que se adequasse ao Brasil.
Entre 1995 e 1996, passou uma temporada nos EUA, na Universidade de Pittsburgh, onde concluiu um pós-doutorado em teoria política. De lá trouxe as ideias que acabariam marcando a última fase de sua carreira e que resultaram em sua principal obra, "Linhagens do Pensamento Político Brasileiro" (Hucitec, 2007).
Trata-se de um grande programa de estudos que pretende traçar a genealogia das ideias políticas no Brasil desde o século 19 até hoje. O pressuposto é o de jamais desvincular a matriz de pensamento do contexto histórico particular em que ela vem: "Nenhuma grande constelação de ideias pode ser compreendida sem levar em conta os problemas históricos aos quais tenta dar respostas e sem atentar para as formas específicas em que é formulada e discutida; ao mesmo tempo que nenhuma grande constelação de ideias pode ser inteiramente resolvida em seu contexto".
Brandão, que era casado com Simone Coelho, filha do jornalista e ex-deputado comunista Marco Antonio Tavares Coelho, deixa três filhos.
O corpo do filósofo foi cremado no Crematório da Vila Alpina (av. Francisco Falconi, 437), às 10h do dia 17/02/2010.
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sábado, 30 de janeiro de 2010

Sobre o termo Saudade

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Dia Mundial da Saudade - entrevista com Mauro Guilherme Pinheiro Koury

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No dia 28 de janeiro de 2010 o Professor Mauro Guilherme Pinheiro Koury, coordenador do GREM, concedeu uma entrevista por e-mail à reporter Isabelle Araújo, dos Diarios Associados, sobre a palavra SAUDADE, para uma matéria a ser publicada no dia mundial da saudade, comemorado hoje: 30 de janeiro.
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O texto produzido pela repórter Isabelle Araújo foi publicado no Jornal O Norte Online de 30.1.10 e pode ser lido no seguinte link: O Norte Online [30 de janeiro é o dia da "Saudade", uma palavra difícil de traduzir].
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A entrevista completa com o Professor Mauro Koury será reproduzida abaixo, como uma forma deste Blog do GREM também contribuir na lembrança desta data comemorativa do dia mundial da Saudade.
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Segue abaixo a entrevista completa [perguntas de Isabelle Araújo (IA) e respostas de Mauro Guilherme Pinheiro Koury (MGPK)]:
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ENTREVISTA COMPLETA SOBRE SAUDADE PARA O JORNAL O NORTE ONLINE, JP, PB, em 28.01.2010.
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IA - O sentimento da saudade é cultuado de formas diferenciadas entre as sociedades?


MGPK – Sim, o sentimento de recordação de algo ou alguém querido que se encontre distante ou perdido é um sentimento comum a todas as sociedades e grupos humanos e a toda pessoa individualizada. As formas de como é sentido ou cultuado varia de acordo com o simbolismo de cada cultura específica, seja ela de uma sociedade em geral, ou de instituições de uma mesma sociedade. A forma de sentir saudade ou o conjunto de emoções a ela incorporado varia socialmente e culturalmente e essas variações são assimiladas de forma inconsciente pelos indivíduos que fazem parte (por adesão ou por nascimento) dessa instituição e sociedade.

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IA - As sociedades de origem lusitana têm maior traço característico com esse sentimento, uma vez que a expressão é única da língua portuguesa? Há sociedades que não cultuam a saudade?


MGPK - Não há sociedades onde os indivíduos não tenham relações com o sentimento de luto, de perda, de exílio, de distância de um outro querido (seja ele objeto ou pessoa). O sentimento de recordação sobre o que se foi, sobre o que se perdeu, sobre o que se encontra distante, sobre a dificuldade do reencontro com esse elemento ensombreado que faz falta àquele que o evoca, é comum a todas as sociedades e indivíduos. As relações com esse sentimento, as formas de invocá-lo, as formas de sublimá-lo, até, variam em simbologia e normas de condutas em cada cultura emotiva de uma sociedade ou instituição específica. Deste modo, até em uma única sociedade pode haver variadas formas de interpretação e de vivência da saudade, de acordo com os rituais e com os modos de encarar esse sentimento social em cada instância societária institucional ou grupal.
Nas sociedades de língua portuguesa existe sim um culto específico ao termo saudade. A vivência de uma sociedade que se aventurou no mar no século XVI em busca de conquistas, e depois a diáspora portuguesa, que fez o povo português emigrar para várias regiões do planeta, seja por conquistas, seja em busca de uma vida melhor, ou por motivos semelhantes, levou a sociedade portuguesa a cultuar o termo saudade, como uma forma ‘doce’, embora amarga em si, de se encontrar e remontar um projeto de vida português em outras terras. O Portugal distante era sentido, através do sentimento de saudade, de forma sentimental, e a reconstrução de um “novo Portugal” no local onde os emigrantes se locavam, de retenção de um pouquinho dos hábitos do Portugal perdido ou distante, era realizada por esse sentimento saudade via sentimentalismo, via vontade de possuir aquilo que já não tinha volta.

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IA - Que formas de interação social o senhor identificaria como mais presentes com o sentimento da saudade?


MGPK – Interação social implica em relações de, no mínimo, de uma díade: uma relação entre dois sujeitos sociais, já dizia Simmel. Nesse sentido, a saudade é o sentimento de algo ou alguém que já não é (naquele momento em que é evocado). Uma fotografia é sempre um instrumento onde a saudade é uma evocação! Quando eu vejo uma fotografia eu vejo algo ou alguém, em um tempo e em um espaço específico, que me fez recordar de momentos onde fui triste, onde fui feliz, onde havia pessoas a mim caras, onde havia situações que me levavam de volta ao passado de uma forma específica. Eu me vejo retratado no dia da minha formatura de graduação alguns anos depois e sinto saudade desse tempo; em vejo uma fotografia de alguém que eu perdi e de quem gostava muito (uma namorada, por exemplo) e recordo como foi bom e tenho saudade; na perda de alguém, por morte, ao relembrar, eu sinto falta e tenho saudade: lembrança sofrida, mas boa, daquele tempo onde essa pessoa estava ainda participando comigo no meu cotidiano (a morte de um pai, por exemplo, ou de uma mãe, irmãos, maridos, esposas, filhos, etc...).
Assim, a saudade é evocada como lembrança social de um indivíduo ou grupo de um outro, seja pessoa, objeto, situação. É uma forma de mantê-lo presentificado em meu íntimo (individual) ou na memória de um grupo ou de uma instituição. A repetição das evocações que me trás o sentimento de saudade, assim, me faz retomar a minha vida, a ter novos projetos de presente e futuro, sem perder minhas raízes simbólicas, sem me perder do que eu fui, de onde eu vim, etc...

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IA - A dificuldade em traduzir a palavra saudade também se deve às diversas situações em que a expressão está associada, como perda, lembrança da infância ou de momentos vivenciados em outras épocas, sejam eles bons ou ruins.


MGPK – A palavra saudade, como evocação não apenas de perda, mas de projetar essa perda como uma forma simbólica de evocação do passado e reconstrução de um novo presente e futuro, é a especificidade do termo, que a palavra em português evoca e retém: daí a dificuldade de tradução para o sentimento de recordação de algo ou alguém querido que se encontre distante ou perdido, comum a todas as sociedades. Nesse aspecto, a palavra saudade tem um significado mais amplo, que o missing you (falta de você) inglês. Embora ambos os termos remetam ao sentimento de procurar o outro que não se encontra e evocá-lo como lembrança da falta que ele faz, o termo inglês para por aí, já o português saudade remete ao sentimento de remontagem daquilo que se perdeu em mim e que deve ser reconstruído onde agora estou.

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IA - O senhor acredita que a sociedade atual lida bem com esse sentimento?


MGPK – A sociedade atual não lida bem com o sentimento saudade. A saudade é um sentimento de base social, quanto mais o aspecto da tradição estiver presente nas sociedades mais a saudade será evocada como um sentimento de povo, de reconstrução nova de algo que se foi, de restauro, inclusive, da pessoa que sente saudade.
Numa sociedade individualizada, onde o individualismo é a base motriz que a movimenta, a saudade perde o seu sentido e é vivida como exílio, solidão, frieza, ou doença interior.

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IA - O senhor tem algum estudo específico sobre esse tema (fale um pouco, se tiver)
MGPK - Durante toda a década de noventa do século passado eu trabalhei com a problemática do luto na sociedade brasileira. O luto, como se sabe é constituído pela dor da perda e todo envolto no sentimento de saudade de quem já partiu. Discuti a passagem das relações sociais no Brasil de uma forma mais tradicional de viver uma perda, onde instituições coletivas ajudavam o sujeito que a sofre a recuperar-se da dor, para uma sociedade individualizada, onde essa dor da perda era vista de forma pejorativa e jogada para a intimidade do sujeito que a sofre. Discuti o processo de transição e as dificuldades de vivência desse novo padrão comportamental nos indivíduos das classes médias urbanas no Brasil. Publiquei dois livros a respeito e inúmeros artigos em revistas especializadas nacionais e internacionais. Os livros são: Sociologia da Emoção: O Brasil urbano sob a ótica do luto (Petrópolis, Vozes, 2003), e Amor e Dor: Ensaios em Antropologia Simbólica (Recife, Edições Bagaço, 2005).
Desde 2006 venho discutindo a questão dos Medos Corriqueiros, onde trabalho com o sentimento de saudade de um tempo que se foi e não pode ser recuperado, ou onde se imagina possibilidades de reconstrução sobre o que se perdeu ou está ameaçado de se perder. Eu discuto a cidade e os cidadãos na cidade e as formas de suas interações sempre envoltas no sentimento do medo. O medo como uma instância de construção social, o medo como evocação de uma saudade e de um estranhamento com o novo, que gera conflitos, acomodações e construções novas e diferentes. O sentimento saudade faz assim parte dessa relação onde analiso os Medos no urbano e as emoções geradas pelo viver na cidade e em contato com situações que me colocam em cheque a cada momento e a cada movimento. Escrevi sobre essa pesquisa, fora vários artigos, o livro De que João Pessoa tem Medo? Uma abordagem em antropologia das emoções (João Pessoa, Editora Universitária-UFPB, 2008). Nele discuto a questão do Medo e da saudade na capital paraibana.

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Enquete: Sujeira e imaginário urbano no Brasil

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O primeiro artigo de Mauro Koury sobre o conjunto nacional de dados da enquete sujeira e imaginário urbano no Brasil acaba de ser publicado online na Revista P&T - Política & trabalho, n. 27/30, 2009, a versão impressa da revista ainda se encontra no prelo, devendo ser lançada até março de 2010.
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O artigo de KOURY chama-se "SUJEIRA E IMAGINÁRIO SOCIAL URBANO NO BRASIL" e pode ser acessado dando um clique no título ou no endereço:http://alemdomais.net/revista/painel/useruploads/files/27-koury.pdf
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O Blog do GREM solicita comentários sobre o mesmo.
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Referência Bibliográfica:

KOURY, Mauro Guilherme Pinheiro, 2009. "Sujeira e Imaginário Urbano no Brasil". Política & Trabalho, edição comemorativa, versão online, n. 27/30, artigo 1.
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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Nova revista em sociologia e antropologia das emoções

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O GREM saúda o surgimento de uma nova revista no cenário da sociologia e da antropologia das emoções na América Latina: A Revista Latinoamericana de Estudios sobre Cuerpos, Emociones y Sociedad - ISSN 1852-8759.
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O volume 01, número 01 encontra-se no ar e pode ser lido no endereço: http://www.relaces.com.ar/index.php/relaces/issue/view/1/showToc
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Esta Revista é uma iniciativa da "Red Latinoamericana de Estudios Sociales sobre las Emociones y los Cuerpos", do "Programa de Acción Colectiva y Conflicto Social” da Unidad Ejecutora CEA CONICET-UNC e do "Grupo de Investigación sobre Sociología de las Emociones y los Cuerpos" do IIGG-UBA.
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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Tradução: Marcel Mauss, "Introdução Geral", do livro La Prière.

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O último número da RBSE - Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 8, n. 24, dezembro de 2009, editada pelo GREM, trás uma tradução de Mauro Guilherme Pinheiro Koury da "Introdução Geral" do livro La Prière (Paris, Félix Alcan Editor, 1909), de Marcel Mauss.
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Esta tradução pode ser lida na íntegra no endereço:

http://www.cchla.ufpb.br/rbse/MaussTrad.pdf

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A Equipe do GREM e a RBSE desejam a todos um Feliz Natal!

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Artigo de Mauro Koury na REDD

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Acaba de ser lançado o novo número da Revista REDD - Revista Espaço de Diálogo e Desconexão, v. 2, n. 1, 2009 (UNESP-Araraquara).

Este número, na sessão Estudos, trás um artigo do Prof. Mauro Guilherme Pinheiro Koury : "Consciência da Exclusão: Lideranças sindicais e a questão da C&T em Pernambuco".

Clique no nome do artigo para lê-lo na íntegra.

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